Bello, mas quem és tu?

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A pergunta seria quem sou eu ou quem eu sou? Uma é simples e muitos podem responder, a outra talvez nem eu mesmo saiba.

Insuportável

Exatamente como o título sugere, é como estou me sentindo. Não estou aguentando meu mau humor hoje, não aconteceu nada em especial para que eu estivesse assim, mas enfim, estou.
Já não bastando eu não estar no meu dia, tenho que ser racional logo de manhã cedo e tentar não sobrecarregá-la com meu estado inconstante de humor, tarefa complicada, mas mesmo que parcialmente, acho que consegui. Agora tenho o resto do dia, que tentarei continuando ser racional, afinal esse é meu ganha pão.
Não, sinceramente, não estou afim de assistir uma aula improdutiva de fundamentos do processo administrativo, vendo ou pessoas de conteúdo limitadíssimo, ou pior ainda, pessoas que tem algum conteúdo, mas só estão lá de corpo presente e que não sabem que todo conhecimento é conhecimento. Por isso se eu vou, tento aproveitar, afinal isso ajuda o tempo a passar mais rápido.
Quero que esse dia termine, quero o final de semana, quero tomar minha sagrada cerveja, queria também que o meu time ganhasse, mas acho pouco provável, mas isso melhoraria muito meu quadro geral de insatisfações. Enfim... é complicado não recorrer a algum subterfúgio quando as coisas não estão correndo como eu desejo, mas a vida é movida pelas adversidades, é isso que faz o divisor de águas entre os fortes e os fracos, levantar a cabeça e seguir em frente, lamentos? Não há tempo prático para isso, tenho um blog, para praticar minha escrita quando preciso desabafar algo, afinal, não faria sentido, desabafar, falando e ainda assim, conjugando os verbos de maneira errônea. Portanto, posso afirmar que sou mais forte que o desejo gritante de me alcoolizar e ficar pensando na vida em um estado ainda mais deplorável que estou.
Mas... de igual forma ao menos metade do meu sábado tenho que dedicar ao futuro, Cálculo e Física, será o reduto de 50% do meu dia, os outros 50%, também é dedicar-me ao futuro, ou melhor, cultivá-lo.

Só uma música...

Acordei com essa música do Djavan, sendo que não gosto muito dele...

"Teus sinais, me confundem da cabeça aos pés...
Mas por dentro eu te devoro
Teu olhar, não me diz exato quem tu és...
Mesmo assim eu te devoro... te devoraria..."

Ando um pouco preocupado com as surpresas do destino...

Mas de sofrer por antecipação... já basta eu ser gremista¬¬

Insaniae

Uma garrafa de Jack Daniels e um maço de Marlboro vermelho... Acho que é isso que eu precisava, mas bem ou mal, parei de fumar... e não estou num estágio de alcoolismo para tomar uma garrafa de whiskey, ainda que excelente, deprimido e refletindo sobre a vida. Algumas pessoas por menos cometem suicídio, só pelo motivo no qual as coisas não dão certo, eu acho covardia! Mas enfim, assim como o cigarro faz com alguns após algum tempo, não tenho mais sentido o gosto das coisas, tudo parece sem cor, sem graça, mas são as mesmas malditas ‘coisas’. Ouço o som de um gatilho na minha cabeça, engatilhando e desengatilhando de forma lenta e ameaçadora. Sinto-me uma criança frágil e só quero me esconder e/ou sumir, é desestimulante matar um leão por dia, estou com um problema que nem eu mesmo entendo, mas sei que os acessos de raiva não fazem parte de mim. Estou com medo de mim mesmo, esse definitivamente não sou eu, sempre as pessoas me consideravam um conforto ao seu lado, e por último nem para mim mesmo tenho sido, mas sei que não posso cair e não devo cair, pois de lá, tenho todas as dúvidas em saber se poderei levantar... A gritaria continua na minha mente... Chega! Calem a boca! Eu preciso me concentrar... estou mentindo... não tenho no que me concentrar e enquanto minha mente continuar ociosa eles continuarão, sei que eles não podem nada fazer além de “falar” comigo... e para que mais, se assim já me deixam desse jeito?
Preciso de força, mas não sei aonde buscar, meu reservatório está acabando e a cada dia tenho mais vontade de me encolher, e é isso que permite eles me esmagarem, sei que estou cada vez mais encurralado, encurralado numa sala vazia, aonde não tenho ninguém além de mim... nada... nem um mero lampejo de luz, escuto apenas o som... sim, o som que está na minha cabeça, aquele que eu não deveria e não vou escutar... só não sei até aonde irei agüentar... Uma garrafa de Jack Daniels e um maço de Marlboro vermelho... não... não posso recorrer a outra coisa que me prejudique, preciso vencer... um exército de um homem só? Não, mais que isso sei que tenho leais generais que jamais me abandonarão, mas eles ainda não perceberam que me encontro num estado deplorável e sem motivação alguma, nada além de reclamar num blog que quase ninguém lê, talvez seja por isso que escreva aqui, posso desabafar e sei que poucos lerão e talvez ninguém dê relevância...

Le cirque...

Uma vontade incontrolável que foi reprimida...
Um sorriso sincero, resguardado...
Uma orquestra que toca para a platéia vazia...

Uma lágrima única e solitária...
Quente e triste percorrendo as curvas de um rosto...
Mas em imaginação, pois essa lágrima ninguém deve ver e o teatro deve continuar!

Queria na verdade estar no circo, arrancando sorrisos, e não nesse velho calabouço mofado e imundo me divertindo com os sussurros das ratazanas...

Cabeça erguida, cabeça erguida... nunca se esqueça... viva pela arte, o teatro é uma arte... e o teatro não deve parar!

Acho que com base nessa reflexão algum homem ou mulher trocou o teatro pelo mais íntimo de seus desejos e disse sobre o teatro... “O circo não deve parar!”